Além da linha do horizonte: Delineando a urbanização da Grota Poço Azul em Maceió (AL)
DOI:
https://doi.org/10.17648/revistaterritorialidades-v1n1-3Abstract
No processo de urbanização da capital alagoana, assim como nas grandes cidades brasileiras, o acesso à terra bem infraestruturada esteve diretamente relacionado à conformação geomorfológica do território e às suas condições socioeconômicas. É fator determinante para a sobrevivência da população de menor renda ocupar áreas com baixa infraestrutura e provisão de serviços e equipamentos públicos, reduzindo os custos de morar na cidade, ao mesmo tempo em que, estrategicamente, vive-se em localizações próximas a áreas infraestruturadas e grandes polos de trabalho. É o caso da população da Grota Poço Azul, que reside em áreas de encostas e fundo de vale. Esta representa uma dentre as 76 grotas presentes em Maceió, abrigando 21,5% da população do município. Diante dessa estatística, é necessário compreender a ocupação dessas áreas ainda consideradas ilegais, de forma a avaliar a viabilidade da permanência em cada área ocupada e, em caso afirmativo, propor mecanismos legais e seguros da ocupação territorial de algumas grotas, como forma legítima de habitar o território urbano. A partir disso, buscou-se caracterizar a Grota Poço Azul quanto aos aspectos físico-territoriais e socioambientais, por meio de pesquisas de campo somados a dados quantitativos oficiais, a fim de propor uma intervenção como horizonte possível para a área: a conquista do direito à cidade e à moradia, considerando a recuperação e manutenção dos recursos naturais e objetivando criar visibilidade para as grotas, enquanto áreas habitáveis e legais na ocupação da cidade.
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