ONDE ESTÃO AS LUTAS PELA REFORMA AGRÁRIA?

Autores/as

  • Flávio Lazzarin CPT Maranhão
  • Ruben Siqueira CPT

DOI:

https://doi.org/10.25247/2447-861X.2016.n237.pp.%20254-274

Palabras clave:

Territórios. Autonomia. Descolonização. Violência. Insurgência.

Resumen

Este artigo busca evidenciar os atuais sujeitos emergentes da luta por terra, após a evidente falência das políticas públicas, erroneamente chamadas de reforma agrária. Sem mitificar as atuais lutas camponesas no Brasil, protagonizadas sobretudo por povos originários e comunidades tradicionais, pomos o acento sobre os paradigmas da resistência e da autonomia territorial, à revelia do capital e do Estado. Entre as várias "vias campesinas", destacamos o movimento dos quilombolas e o dos povos do Xingu. Em suma, apoiamos a perspectiva de uma reforma agrária construída a partir da iniciativa camponesa. Ao mesmo tempo, apontamos para a fundamental importância das religiosidades e espiritualidades nos processos atuais de organização, articulação e mobilização dos movimentos sociais no campo.

Biografía del autor/a

Flávio Lazzarin, CPT Maranhão

Padre, agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Maranhão.

Ruben Siqueira, CPT

Assessor da CPT na Bahia, membro da Coordenação Executiva Nacional da CPT.

Citas

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Publicado

2016-10-14

Cómo citar

Lazzarin, F., & Siqueira, R. (2016). ONDE ESTÃO AS LUTAS PELA REFORMA AGRÁRIA?. Cadernos Do CEAS: Revista crítica De Humanidades, (237), 254–274. https://doi.org/10.25247/2447-861X.2016.n237.pp. 254-274

Número

Sección

Artigos

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