Techno-conservative criminology and algorithmic governmentality
An analysis of the diffusion of their discourses in Brazil
DOI:
https://doi.org/10.25247/2447-861X.2025.n264.p238-262Keywords:
Tecnoconservative criminology, multi-platform governmentality, Olavo de Carvalho, public policies, digital platformsAbstract
This article investigates the Brazilian techno-conservative criminology, especially its diffusion and impact through digital platforms. The research emphasizes the discourses about crime and drugs propagated by operators of the criminal justice system who identify themselves as conservatives and Christians, influenced by Olavo de Carvalho. Using a Foucaultian approach and digital mapping techniques, the study maps the influence of these discursive practices in public policy formulation, disqualification of academic production and promotion of a revisionist and even negationist view of science. The article also explores how "multi-platform governmentality" shapes new subjectivities and legitimizes violent practices, influencing public debate and the administration of justice. It is concluded that this dynamic creates an ecosystem of disinformation, with profound implications for the Brazilian society.
References
BASTOS, Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro; ET ALL. (ORG.). III Levantamento Nacional sobre o uso de drogas pela população brasileiraICICT/FIOCRUZ. São Paulo: Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, 2017. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34614. Acesso em: 31 jan. 2022.
CARVALHO, Olavo de. A Nova Era e a Revolução Cultural: Frijof Capra & Antonio Gramsci. Campinas: Vide Editorial, 2014.
CARVALHO, Olavo de. O dever de insultar: Cartas de um terráqueo ao Planeta Brasil. Campinas: Vide Editorial, 2016.
CARVALHO, Olavo de. O jardim das aflições. De Epícuro à ressurreição de César: Ensaio sobre o Materialismo e a Religião Civil. Campinas: Vide Editorial, 2015.
CONGRESSO NACIONAL. Relatório Final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos atos de 8 de Janeiro de 2023 (Instituída pelo Requerimento n. 1, de 2023). Brasília, 2023.
DA EMPOLI, Giuliano. Os engenheiros do caos: como as fake News, as teorias da conspiração e os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições. São Paulo: Vestígio, 2019.
FOUCAULT, Michel. Filosofia, Diagnóstico do Presente e Verdade - Coleção Ditos & Escritos X. Rio de Janeiro: Forense, 2014.
FREITAS, Bruno. “A polícia enfrenta um ativismo perverso e criminoso”. [S. l.], 2022. Disponível em: https://revistaoeste.com/revista/edicao-125/a-policia-enfrenta-um-ativismo-perverso-e-criminoso/. Acesso em: 26 ago. 2024.
FURLANETO, Audrey; Ministro ataca Fiocruz e diz que “não confia” em estudo sobre drogas, engavetado pelo governo - Jornal O Globo. [S. l.], 2019. Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/ministro-ataca-fiocruz-diz-que-nao-confia-em-estudo-sobre-drogas-engavetado-pelo-governo-23696922. Acesso em: 31 jan. 2022.
HUR, Domenico. Psicologia, política e esquizoanálise. Campinas: Alínea, 2019.
JOVEM PAN. Documentário ‘Entre Lobos’ trata do problema da insegurança no Brasil – Jovem Pan. [S. l.], 2022. Disponível em: https://jovempan.com.br/programas/jornal-da-manha/documentario-trata-do-problema-da-inseguranca-no-brasil.html. Acesso em: 26 ago. 2024.
KIRK, Russel. A política da prudência. São Paulo: É Realizações, 2013.
KREEFT, Peter. Como vencer a guerra cultural. Campinas: Ecclesiae, 2017.
OLIVEIRA, Rodrigo Pérez. O negacionismo científico olavista: Radicalização de um certo regime epistemológico. In: Do Fake ao Fato: (DES)ATUALIZANDO BOLSONARO. Vitória: Milfontes, 2020.
PESSI, Diego; GIARDIN, Leonardo. Bandidolatria e democídio: ensaio sobre o garantismo penal e criminalidade no Brasil. São Luiz: Resistencia Cultural, 2017.
POELL, T.; NEIBORG, D.; DIJCK, J. V. Plataformização. In Fronteiras - Estudos Midiáticos. 20 (1): 2- 10 jan-abr 2020.
RODA VIVA. Roda Viva | Osmar Terra | 06/05/2019 - YouTube. [S. l.], 2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hKkLJqFOBog. Acesso em: 31 jan. 2022.
ROSA, Pablo Ornelas. Fascismo tropical: uma cibercartografia das novíssimas direitas brasileiras. Vitória: Milfontes, 2019.
ROSA, Pablo O.; ZAMBONI, Jésio; BUXTON DOS REIS VIEIRA, Breno. Ideologia de gênero em perspectiva genealógica: A disputa pela verdade entre conservadorismos e estudos feministas. Veritas (Porto Alegre), [s. l.], v. 68, n. 1, p. e44665, 2023.
ROSA, Pablo Ornelas; JOBIM, Augusto; NEMER, David. Datapolítica, governamentalidade algorítmica e virada digital: uma genealogia da modulação comportamental através das plataformas digitais. Revista Eletrônica Do Curso De Direito Da UFSM, 18(3), e85510, 2023.
ROSA, P. O.; ANGELO, V. A.; ALMEIDA, V. A.; VIEIRA, B. B. R. Tecnoconservadorismo e o Brasil Paralelo. São Paulo, SP: Autonomia Literaria, 2024.
ROSSITER, Lyle H. A Mente Esquerdista. Campinas: Vide Editorial, 2016.
SAAD, Amauri. Art. 142 da Constituição de 1988: Ensaio sobre a sua interpretação e aplicação. Londrina: Editora E.D.A., 2021.
SAAD, Luísa. “Fumo de negro”: a criminalização da maconha no pós-abolição. Salvador: Ed. UFBA, 2019.
SABARIEGO, Jesús. Tecnopolítica e movimentos sociais globais recentes: questões preliminares para um estudo do caso espanhol e português. In SOUZA SANTOS, Boaventura de.; MENDES, José Manuel. Demodiversidade: Imaginar novas possibilidades democráticas. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
SABARIEGO, Jesús; AMARAL, Augusto Jobim do; SALLES, Eduardo Baldissera Carvalho. Algoritarismos. São Paulo: Tirant lo Blanch, 2020.
SAMENOW, Stanton E. A mente criminosa. Campinas: Vide Editorial, 2020.
SILVEIRA, Felipe Lazzari da; ROSA, Pablo Ornelas; SOUZA, Aknaton Toczek. Negacionismo científico e tecnologias algorítmicas em tempos pandêmicos. Revista Opinião Filosófica, [s. l.], v. 13, n. 1, p. 1–29, 2022.
SIQUEIRA, Juan de Paula. Os lobos estão entre nós e você precisa saber sobre isso. [S. l.], 2022. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/franklin-ferreira/entre-lobos-documentario-brasil-paralelo/. Acesso em: 26 ago. 2024.
SOUZA, Aknaton Toczek. A farda e a toga: uma etnografia da política e práticas do sistema de justiça criminal. Rio de Janeiro: Autografia, 2024a.
SOUZA, Aknaton Toczek. Concurseiros: uma análise da trajetória e formação dos agentes do sistema de justiça criminal. 2024b. Tese - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas, 2024.
SOUZA, A. T.; ROSA, P. O.; GAMA, C. E.; FRAGA, P. Criminologia conservadora nas plataformas digitais: governamentalidade, crime e drogas nas práticas discursivas da extrema direita brasileira. Revista Brasileira de Ciências Criminais: RBCCrim, 31(196), 271–295, 2023.
SOUZA, Aknaton Toczek. Traficantes ou usuários? Uma sociologia política das drogas e do Sistema de Justiça Criminal. Vitória: Milfontes, 2020.
SRNICEK, Nick. Capitalismo de plataforma. Buenos Aires: Caja Negra, 2018.
ZUBOFF, Shoshana. A era do capitalismo de vigilância: Luta por futuro humano na nova fronteira de poder. Rio de Janeiro: Ed. Intrínseca, 2020.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Pablo Ornelas Rosa, Paulo César Pontes Fraga, Aknaton Toczek Souza, Giovane Matheus Camargo

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à Cadernos do CEAS o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta Revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que reconheça e indique a autoria e a publicação inicial nesta Revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer momento depois da conclusão de todo processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
















