Crisis assistencialism in the peripheries: critical social reproduction, multiple institutionalities and vitalist pragmatics in peripheral urbanisation
DOI:
https://doi.org/10.25247/2447-861X.2023.n260.p430-462Keywords:
Peripheries, Critical Social Reproduction, Everyday Life, Urban CrisisAbstract
Based on an ethnographic investigation, the text reflects on the forms of assistance in a peripheral urbanised area. The aim is to understand these practices from a contemporary perspective marked by a crisis, thus analysing the forms of critical social reproduction and the strategies found by peripheral subjects to survive in a scenario of adversity. Attention is drawn to the multiple institutionalities that form a complex web that guarantees the reproduction of peripheral groups and the adherence of peripheral subjects guided by vitalist pragmatics. Based on the description of the actions of these institutions, we see the constitution of a way of managing poverty. It is argued that this administrative management functions as a disciplining device that affects the bodies of peripheral subjects, imposing waiting and queuing as a condition for accessing the resources necessary for their own reproduction. Assistance initiatives can thus be described as instruments that complement the management of precariousness and function as a disciplining device that affects the bodies of peripheral subjects, imposing waiting and queuing as a condition for accessing the resources necessary for their own reproduction.
References
ABÍLIO, L. A gestão do social e o mercado da cidadania. In: CABANES, R.; GEORGES, I.; RIZEK, C. & TELLES, V. (Org.). Saídas de Emergência: ganhar e perder a vida na periferia de São Paulo. São Paulo: Boitempo, 2011.
ABÍLIO, L. O futuro do trabalho é aqui: uberização, autogerenciamento subordinado e modos de vida periféricos. Revista Rosa, [s.l.], v.4, 2021.
ADDIE, J.-P.; GLASS, M.; NELESS, J. Regionalizing the infrastructure turn: a research agenda. Regional Studies - Regional Science, [s.l.], v.7, n.1, 2020.
ALFREDO, A. Crítica à economia política do desenvolvimento e do espaço. Rio de Janeiro: Annablume, 2013.
ARANTES, P. Esquerda e direita no espelho das ONGs. In: ARANTES, P. Zero à esquerda. São Paulo: Conrad, 2004.
ARANTES, P. Zonas de espera. In: ARANTES, P. O novo tempo do mundo: e outros estudos sobre a era de catástrofes. São Paulo: Boitempo, 2014.
BELLO, C. A. Percepções sobre pobreza e Bolsa Família. In: SINGER, A. & LOUREIRO, I. (Org.). As contradições do lulismo: a que ponto chegamos? São Paulo: Boitempo, 2016.
BELLO, C. Concepções da pobreza e políticas de transferência de renda. In: GEORGES, I.; RIZEK, C. & BREDA, T. (Org.). Produção e reprodução das formas de sociabilidade: dimensões territoriais e multi-escalares. São Paulo: Editora Alameda, 2022.
BENZAQUEN, R. O estímulo do governo Temer à financeirização da pobreza. Revista de Ciências Sociais, v.53, n.2, p.399-436, 2022
BERALDO, A. Do ponto de vista do morador: sentidos atribuídos às múltiplas instituições atuantes nas periferias urbanas. Revista de Políticas Públicas, v.27, n.1, 2023, p.397-417.
CALDEIRA, T. Peripheral urbanization: autoconstruction, transversal logics and politics in cities of the global south. Environment and Planning D: society and space. v.35, n.1, 2017, p.3-20.
CANETTIERI, T. Geografias da reprodução social crítica: fraturas e fronteiras em territórios periféricos durante a crise. In: BARBOSA, R. & ALMEIDA, N. (Org.). Labirintos da precarização do trabalho e das condições de vida. Rio de Janeiro: CRV Editora, 2023.
CASTEL, R. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis: Vozes, 1998.
CÔRTES, M. Diabo e fluoxetina: pentecostalismo e psiquiatria na gestão da diferença. Curitiba: Editora Appris, 2017.
COSTA, H. Um lugar ao sol: utopia e sofrimento no empreendedorismo popular paulistano. Tese. Doutorado em Ciências Sociais. São Paulo: USP, 2022.
COSTA, V. Traficantes evangélicos: quem são e a quem servem os novos bandidos de Deus. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2023.
FELTRAN, G. O valor dos pobres: a aposta no dinheiro como mediação para o conflito social contemporâneo. Cadernos CRH, v.27, n.72, 2014, p. 495-512.
FERREIRA, S. Atores do trabalho social: continuidades e descontinuidades. In: CABANES, R.; GEORGES, I.; RIZEK, C. & TELLES, V. (Org.). Saídas de Emergência: ganhar e perder a vida na periferia de São Paulo. São Paulo: Boitempo, 2011.
GAGO, V. A razão neoliberal: economias barrocas e pragmática popular. São Paulo: Elefante, 2018.
GUERREIRO, I. Sob neblina, use luz baixa e não pare. Passa Palavra, 11 de abr. de 2022. Disponível em: https://passapalavra.info/2022/04/143178/ Acesso em: 25 set. 2023.
HALL, Sarah. Social reproduction as social infrastructure. Soundings, n.76, 2020, p.92-94.
HIRATA, D. Sobreviver na adversidade: formas de vida e mercado. São Carlos: Ed.Ufscar, 2017.
HOLSTON, J. Cidadania insurgente: disjunções da democracia e da modernidade no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
LEWIS, O. The children of Sánchez. New York: Vintage Books, 2011.
MARICATO, E. Autoconstrução, a arquitetura do possível. In: MARICATO, E. (Org.). A produção capitalista da casa (e da cidade) no Brasil industrial. São Paulo: Editora Alfa-ômega, 1979.
MARICATO, E. Metrópole na periferia do capitalismo: ilegalidade, desigualdade e violência. São Paulo: Hucitec, 1996.
MARINI, R. M. Dialética da Dependência: e outros escritos. São Paulo: Expressão Popular, 2005.
MOTTA, L. Fazer Estado, produzir ordem: gestão do conflito urbano em projetos sociais para a juventude vulnerável. São Carlos: Ed.Ufscar, 2021.
OLIVEIRA, F. Crítica da razão dualista | O ornitorrinco. São Paulo: Boitempo, 2003.
PAULO NETTO, J. Crise do capital e consequências societárias. Serv. Soc. Soc., n. 111, pp. 413-429, 2012.
PLACENCIA, J. Na busca de proteção social: atores e repertórios organizacionais num espaço periférico. In: RICHMOND, M.; KOPPER, M.; OLIVEIRA, V. C. & PLACENCIA, J. (Org.). Espaços periféricos: política, violência e território nas bordas da cidade. São Carlos: Ed.Ufscar, 2020.
RIBEIRO, V. Redes de amparo e os evangélicos (neo)pentecostais em favela. Anais. 41º Encontro Anual da Anpocs. Caxambu: Anpocs, 2017.
RIZEK, C. Os sentidos da cidade na sociologia brasileira. Relatório parcial do projeto Fapesp, Cidadania e Democracia: o pensamento nas rupturas da política. São Paulo: Cenedic, 2022.
RIZEK, C. Viração e Trabalho: Algumas reflexões sobre dados de pesquisa. Estudos de Sociologia, v.11, n.21, p. 49-59, 2006.
ROLNIK, R. Guerra dos lugares: A colonização da terra e da moradia na era das finanças. São Paulo: Boitempo, 2015.
ROSAS, N. “Amostra grátis” da prosperidade: ações de assistência na Igreja Universal e o caso de Minas Gerais. In: CUNHA, N. & FELTRAN, G. (Org.). Sobre periferias: novos conflitos no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Lamparina, 2013.
SANTOS, V. M. Transformações societárias: repercussões no serviço social. R. Katál, v. 23, n. 1, p. 53-62, 2020.
TELLES, V. A cidade nas fronteiras do legal e ilegal. Belo Horizonte: Argvmentvm, 2011.
VERDI, E. Quem precisa de proteção social? In: CARLOS, A. F. A. (Org.). COVID-19 e a crise urbana. São Paulo: FFLCH Edições, 2020.
VERDI, E. Vem, Espírito, e mostra quem realmente precisa. In: LACZYNSKI, P.; PULHEZ, M. M.; MILANO, G.; PRIETO, G. & PETRELLA, G. M. (Org.). Acumulação do capital e reprodução da vida: tensões a partir da produção do espaço. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo, 2022.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à Cadernos do CEAS o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta Revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que reconheça e indique a autoria e a publicação inicial nesta Revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer momento depois da conclusão de todo processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
















