GERÓNIMO DE SIERRA
ITINERÁRIO DE UM SOCIÓLOGO LATINO-AMERICANO
DOI:
https://doi.org/10.25247/2447-861X.2025.n264.p327-342Palavras-chave:
América Latina, Gerónimo de Sierra, Intelectuais latino-americanosResumo
Gerónimo de Sierra faz parte dessa fértil geração de intelectuais latino-americanos marcados por uma profunda interligação entre o profissional e o político. Seus integrantes são hoje octogenários e até nonagenários. Que este retrato personalizado sirva então como homenagem a todos eles, pioneiros das nossas ciências sociais. Sua condição de “intelectual comprometido” — como se dizia nos anos 60 — nunca o impediu de distinguir entre atividade política e trabalho acadêmico. Distinção nada fácil de navegar em meio à tempestade política que sacudiu nossa América entre os anos 50 e 70. Sua obra não evitou as questões da política cotidiana, abordadas com métodos próprios das ciências sociais e inspiradas no universo conceitual “marxista” e “tourainiano”, conforme os períodos. Ao mesmo tempo em que cultivava o vínculo com os clássicos europeus, dialogou desde cedo com os “novos” clássicos emergentes na América Latina, o que nem sempre foi o caso entre seus colegas latino-americanos. Esta é uma breve biografia de sua vida, ainda incompleta, mas já longa e repleta de vicissitudes profissionais. Como se pode ver, ao longo de quase 60 anos de exercício como sociólogo, o político, o humano e o afetivo competem em importância. Este “sociólogo comum e corrente” — como ele mesmo gosta de dizer — moldado pelas grandes correntes culturais e políticas da época, foi levado a assumir, em certos momentos, responsabilidades acadêmicas e políticas de grande significado. Tudo isso sem nunca perder sua bondade, sua modéstia e, acima de tudo, seu agudo senso de humor.
Referências
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