O ÊXODO DOS JOVENS RURAIS, A TEORIA DO BEM VIVER E A RESISTÊNCIA DA COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO DO IBICUÍ D’ARMADA, NA FRONTEIRA DO RS

Autores

  • Rosemeri da Silva Madrid Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/RS).
  • Margarete Lopez Gonçalves Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/RS).

DOI:

https://doi.org/10.25247/2447-861X.2020.n251.p567-586

Palavras-chave:

Comunidade quilombola. Jovens rurais. Território Negro. Desenvolvimento.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo compreender os processos de resistência e perenidade das famílias do território quilombola do Ibicuí d’Armada, localizado no município de Sant’Ana do Livramento na fronteira oeste do RS. Para atingir este objetivo foi adotada abordagem qualitativa, com entrevistas com um grupo de jovens moradores da comunidade e a liderança local. Tomando por base as teorias das capacitações e a teoria do Bem Viver, conclui-se que a comunidade remanescente quilombola possui extrema riqueza cultural e histórica para o município, possuindo potencial ainda não explorado para alavancar desenvolvimento rural, cultural, social e humano, mas que, se não houver ações efetivas neste sentido, o território corre sério risco de se extinguir.

Biografia do Autor

Rosemeri da Silva Madrid, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/RS).

Especialista em Desenvolvimento em Regiões de Fronteira (UNIPAMPA/RS),Mestra em Administração pela UNIPAMPA/RS. Doutoranda no programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da UFRGS. Departamento de Ciências Sociais.

Margarete Lopez Gonçalves, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/RS).

Mestre em Economia do Desenvolvimento PUC/RS,
Doutoranda em Desenvolvimento Rural pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, professora assistente da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA/RS).

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Publicado

2020-12-29

Como Citar

Madrid, R. da S., & Gonçalves, M. L. (2020). O ÊXODO DOS JOVENS RURAIS, A TEORIA DO BEM VIVER E A RESISTÊNCIA DA COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO DO IBICUÍ D’ARMADA, NA FRONTEIRA DO RS. Cadernos Do CEAS: Revista crítica De Humanidades, 45(251), 567–586. https://doi.org/10.25247/2447-861X.2020.n251.p567-586

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