TRABALHO NO BRASIL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Autores

  • José Dari Krein Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
  • Marcelo Manzano Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
  • Marilane Teixeira Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

DOI:

https://doi.org/10.25247/2447-861X.2022.n256.p293-317

Palavras-chave:

Mundo do trabalho. Covid-19. Mercado de trabalho-Brasil - Excedente estrutural de força de trabalho.

Resumo

No presente artigo propõe-se a refletir sobre as incontornáveis transformações que, carreadas pela crise da Covid-19, se sobrepuseram ao mundo do trabalho em geral e em particular em países como o Brasil, marcados pela condição periférica e pela persistência do excedente estrutural de força de trabalho. O artigo começa com a apresentação das características estruturais do mercado de trabalho brasileiro e uma breve análise da dinâmica das ocupações no período mais recente. Em seguida, faz-se uma reflexão sobre as múltiplas dimensões da crise (civilizacional, política, econômica) para, então, delinear algumas diretrizes programáticas, não apenas para pensar em formas de superação da atual crise do trabalho no Brasil, mas, principalmente, para provocar uma discussão a respeito da redefinição do próprio sentido e configuração do trabalho na quadra atual da história e em um contexto político e econômico carregado de tensões e contradições como as que estiveram vigentes no Brasil na segunda década do século XXI.

Biografia do Autor

José Dari Krein, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Pesquisador do CESIT (Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho) / IE da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Marcelo Manzano, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Pesquisador do CESIT (Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho) / IE da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Marilane Teixeira, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Pesquisadora do CESIT (Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho)/IE da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). 

Referências

ABÍLIO, L.C; MACHADO, R. Uberização traz ao debate a relação entre precarização do trabalho e tecnologia. IHU On-Line, n. 503, ano XVII, p.20-28, 2017.

BALTAR, P. E. A. O mercado de trabalho no Brasil dos anos 90. Tese (Livre Docência em Economia) – Unicamp, Campinas, 2003.

BARBOSA DE OLIVEIRA, C. A. Formação do mercado de trabalho no Brasil. In: OLIVEIRA, M. A. (Org.) Economia e trabalho: textos básicos. Campinas: Unicamp. IE, 1998.

BASSO, P. Tempos modernos, jornadas antigas: vida de trabalho no início. Campinas, SP: Editora Unicamp, 2018.

BELLUZZO, L.G. O trabalho tem futuro. Carta Capital. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/artigo/o-trabalho-tem-futuro/ Acessado em 12/02/2022.

BELLUZZO, L.G e GALÍPOLO, G. A escassez na abundância capitalista. São Paulo: Contracorrente, 2019.

BOSI, A. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

CARDOSO DE MELLO, J. M.; NOVAIS, F. Capitalismo tardio e sociabilidade moderna. Campinas: Edições Facamp, 2009.

CARDOSO, Adalberto; LAGE, Telma. A inspeção do trabalho no Brasil. Dados [online]. v.48, n.3, p.451-489, 2005.

CARTA MAIOR. Joseph Stiglitz: Em todas as dimensões, o neoliberalismo foi um fracasso. Entrevista ao portal Carta Maior, 03 mar. 2020. Disponível em: https://bit.ly/3qO5D4E

CRISPO, Centro Estudos da Criminalidade e Segurança Pública – UFMA. (2018). Mensurando o Trabalho escravo no Maranhão. Disponível em: https://bit.ly/3tr5yWB acesso 28 de abril de 2020.

DEDECCA, C. S.; BALTAR, P. E. A. Mercado de trabalho e informalidade nos anos 90. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 27, Edição especial, 1997.

FEDERICI, S. O Ponto Zero da Revolução. Trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. Tradução de Coletivo Sycorax, São Paulo: Elefante, 2019.

GIBB, L.S.F.A. Tendência de despadronização da jornada de trabalho. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Econômico). Campinas: IE-UNICAMP, 2017.

IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira: 2020. IBGE. Coordenação de População e Indicadores Sociais. - Rio de Janeiro: IBGE, 2020. 148 p: il. - (Estudos e Pesquisas. Informação Demográfica e Socioeconômica, ISSN 1516-3296; n. 43).

ILO, International Labour Office. Care work and care jobs for the future of decent work – Geneva: ILO.2018. Disponível em: https://bit.ly/2OV6hQA.

KALLEBERGER, A. Good jobs, bad jobs: The rise of polarized and precarious employment systems in the United States, 1970s-2000s. New York: Russell Sage Foundation, 2011.

KREIN, J. D. As relações de trabalho no Brasil na primeira década do século. Carta Social, n. 22. abr./jun., 2013.

KREIN, J. D. et al. Las buenas prácticas que explican el avance de la formalización en Brasil durante el período 2003-2014. In: SALAZAR-XIRINACHS, José Manuel; CHACALTANA, Juan (ed.). Políticas de formalización en América Latina: avances y desafíos. Lima: OIT, Oficina Regional para América Latina y el Caribe; FORLAC, p. 367-391, 2018. Disponível em: https://bit.ly/2ROnwzw.

KREIN, J.D. MANZANO. M. LEMOS, P.R. A Violência e mercado de trabalho: consolidação de uma situação mais desfavorável aos trabalhadores, [S.l.]: Mimeo, 2020.

KREIN, J.D.; COLOMBI, A. P. F. A reforma trabalhista em foco: desconstrução da proteção social em tempos de neoliberalismo autoritário. Educação & Sociedade, v. 40, p. 1-17, 2019.

KREIN, J.D; OLIVEIRA, R. V. Impactos da reforma nas condições de trabalho. In: KREIN, J.D; OLIVEIRA, R. V.; FILGUEIRAS, V. A. (org.). Reforma trabalhista no Brasil: promessas e realidade. Campinas: Curt Nimuendajú, p. 128-155, 2019. Disponível em: https://bit.ly/3tyj8HN.

LAVAL, C.; DARDOT, P. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo, Boitempo, 2016.

MACHADO DA SILVA, L. A. A (des)organização do trabalho no Brasil urbano. São Paulo em Perspectiva, v. 4, n. 3-4, São Paulo,1990.

MACHADO DA SILVA, L. A. Mercado de trabalho, ontem e hoje: informalidade e empregabilidade como categorias de entendimento. In: SANTANA, M. A.; RAMALHO, J.R. Além da Fábrica. São Paulo: Boitempo, 2003.

OLIVEIRA, Francisco de. Crítica à razão dualista / O ornitorrinco. São Paulo: Boitempo, 2003.

POCHMANN, Marcio. Tendências estruturais do mundo do trabalho no Brasil. In: Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, n. 1, p.89-99, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v25n1/1413-8123-csc-25-01-0089.pdf

SANDEL, Michael J. The tyranny of merit: what’s become the commom good? New York, EUA: Editora Farrar, Straus and Giroux, 2020.

STREECK, Wolfgang. Tempo comprado: A crise adiada do capitalismo democrático. Coimbra: Actual, 2013. 293 p

TEIXEIRA, Fernando. Direitos, política e Trabalho em Santos. In: FORTES, Alexandre et al. Na Luta por Direitos. Campinas: Editora da Unicamp, p. 51-86, 1999.

TEIXEIRA, M. Um olhar da economia feminista para as mulheres: os avanços e as permanências das mulheres no mundo do trabalho entre 2004 e 2013. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-graduação em Economia, Instituto de Economia, UNICAMP, Campinas, 2017.

TEIXEIRA, M. O trabalho e as mulheres em tempo de neoliberalismo e crise. In: ZELIC, Helena; MORENO, Renata (org). Neoliberalismo, trabalho e democracia: trilhas feministas. São Paulo: SOF. 2020. 76p. (Coleção Cadernos Sempreviva, v.18. Série Economia e Feminismo, nº7).

Downloads

Publicado

2022-12-31

Como Citar

Krein, J. D., Manzano, M., & Teixeira, M. (2022). TRABALHO NO BRASIL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS. Cadernos Do CEAS: Revista crítica De Humanidades, 47(256), 293–317. https://doi.org/10.25247/2447-861X.2022.n256.p293-317

Edição

Seção

Artigos Temática Livre

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Obs .: Este plugin requer que pelo menos um plugin de estatísticas / relatório esteja ativado. Se seus plugins de estatísticas fornecerem mais de uma métrica, selecione também uma métrica principal na página de configurações do site do administrador e / ou nas páginas de configurações do gerente da revista.