Mulheres idosas encarceradas em uma penitenciária do Estado de Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.25247/2447-861X.2022.n256.p401-418Palavras-chave:
Pessoa idosa. Prisões. Dados demográficos.Resumo
Este artigo, recorte da dissertação de mestrado da primeira autora, tem como objetivo apresentar as características biosociodemográficas de mulheres idosas encarceradas em uma Penitenciária do Estado de Pernambuco. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, transversal, exploratória, descritiva, com uma amostra por conveniência. Os participantes foram cinco mulheres idosas, prisioneiras, que cometeram qualquer tipo de crime pela primeira vez (ré primária) e foram condenadas. Para coleta de dados foi utilizado um questionário com dados biosociodemográficos. Os principais resultados apontaram: que a faixa etária ficou entre 60 e 71 anos; em maioria são de cor parda, evangélicas; com ensino fundamental; solteiras ou divorciadas, pensionistas ou aposentadas; com renda de um salário-mínimo; condenadas pelo crime de tráfico de drogas, homicídio tentado e estelionato. No que se refere às condições de saúde, apresentam hipertensão, diabetes, problemas de coluna, queixas de memória, entre outros. A baixa representatividade das mulheres idosas, em relação aos homens idosos encarcerados, dificulta a garantia de seus direitos, o que produz repercussões à saúde global dessas pessoas.
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